Palma Bucarelli (1910-1998)

Palma Bucarelli nasceu a 16 de março de 1910, em Roma.

Teve uma infância bastante nómada, seguindo o pai, Giuseppe, que era funcionário da prefeitura do Estado. À sua mãe, Ester Loteta Clori, deve, no entanto, as inclinações para a arte, a elegância e a moda, que desenvolverá ao longo dos anos.

Depois de se ter licenciado em História da Arte, passou no concurso público para o Ministério da Educação Nacional como inspetora de Antiguidades e Belas Artes aos 23 anos.

Começou a trabalhar na Galleria Borghese (1933-36), antes de ser transferida por um período para Nápoles e regressar a Roma em 1939 para a Galleria Nazionale d’Arte Moderna e Contemporanea como inspetora. A partir de 1941, assumiu o papel de superintendente, dirigindo a Galeria com um empenho apaixonado durante mais de trinta anos, até 1975.

Passou aí o primeiro período, numa tentativa de salvar o maior número possível de obras dos bombardeamentos da guerra em curso. Mas foi só no final da guerra que o seu perfil de gestor começou a emergir, com os seus gostos a inclinarem-se para o abstracionismo e a arte informal. Os anos 50 foram, de facto, os das mais célebres exposições, de Picasso a Pollock, de Mondrian a Burri, que lhe valeram um grande sucesso e aprovação, mas ao mesmo tempo também numerosas reprovações, tanto a nível cultural como de gestão.

No entanto, com o orgulho e a autoconfiança que caracterizam a sua personalidade, Bucarelli enfrentou estas críticas, transformando a década de 1960 nos anos do seu derradeiro sucesso: reconhecido e apreciado internacionalmente, este facto deu-lhe o impulso para uma renovada abertura ao mundo artístico.

Em 1972, recebeu também a Légion d’Honneur e tornou-se Académica de São Lucas, enquanto em 1975 foi nomeada Grande Oficial da República.

Durante a sua vida, esteve romanticamente ligada ao jornalista Paolo Monelli durante 48 anos, até à morte deste em 1984.

O nome de Palma Bucarelli está indissociavelmente ligado ao da National Gallery, pois teve a capacidade de aí exercer um cargo de direção com extrema sabedoria e intuição, com a clarividência de quem concebeu o museu como um lugar de agregação onde se pode mergulhar na descoberta da arte: uma visão museológica que estava à frente do seu tempo e que é, ainda hoje, profundamente reconhecida.

Morreu em Roma a 25 de julho de 1998.

A certidão de nascimento pode ser consultada no Portal dos Ancestrais: Archivio di Stato di Roma > Stato civile italiano > Roma > 1910

O original está conservado no Arquivo Estatal de Roma.

O seu arquivo pessoal foi doado por ela ao Arquivo Central do Estado em 1998, onde ainda hoje se encontra.

Archivio di Stato di Roma > Stato civile italiano > Roma > 1910
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